Notícias

Brasil e China conectados por nova rota marítima direta: comércio bilionário ganha impulso imediato

Segundo o governo Lula, a nova conexão vai reduzir drasticamente o tempo de transporte entre os dois países.
Brasil e China conectados por nova rota marítima direta: comércio bilionário ganha impulso imediatoCostfoto/NurPhoto via Getty Images

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional do Brasil, Waldez Góes, informou nesta quinta-feira (28) que o primeiro navio da nova rota marítima direta entre a região da Grande Baía Guangdong–Hong Kong–Macau e o Porto de Santana das Docas, no Amapá, atracará neste sábado (30). A conexão visa fortalecer o comércio entre Brasil e China e integra estratégias de desenvolvimento regional e logística internacional.

Segundo Góes, a nova conexão vai reduzir drasticamente o tempo de transporte de produtos entre a Amazônia e a China, contribuindo para o desenvolvimento regional, a bioeconomia e a integração produtiva. A medida também visa reorganizar a logística nacional, com benefícios diretos para produtores de diferentes regiões do país.

O ministro detalhou os impactos econômicos da iniciativa, citando que a rota diminui custos de transporte em até 14 dólares por tonelada para produtos enviados à Europa e 7,8 dólares por tonelada para a China.

Além da redução de custos, o tempo de viagem é encurtado, aumentando a competitividade e a rentabilidade de produtores da Amazônia e do Centro-Oeste.

Góes destacou o potencial do mercado chinês, com mais de 1,4 bilhão de consumidores:

"O café entra muito forte na China. O consumo per capita é um café por mês. Se dobrar, dois cafés por mês, imagina o tamanho do mercado que o Brasil tem na China. Isso é para o café, é para o agro de um modo geral, a soja. E eles têm muito interesse pelo mel, açaí, chocolate, cacau. Os produtos da biodiversidade têm uma abertura muito grande na China", explicou o ministro.