Milei é retirado de evento após caravana ser atacada

O presidente foi alvejado com pedras, ovos e outros objetos durante ato eleitoral na província de Buenos Aires.

Uma caravana do presidente da Argentina, Javier Milei, foi atacada na tarde desta quarta-feira (27) em Lomas de Zamora, na grande Buenos Aires, levando o mandatário a ser retirado às pressas de um evento.

Milei estava acompanhado de sua irmã e secretária-geral da Presidência, Karina, e do candidato de seu partido "A Liberdade Avança", José Luis Espert, em um ato eleitoral na província de Buenos Aires.

Em alguns vídeos, Karina Milei aparece esquivando de um objeto e segue discursando para militantes. O cordão de segurança logo dispôs placas balísticas para proteger a caravana.

Os irmãos Milei optaram então por serem transportados por veículos de segurança cobertos, enquanto Espert deixou o local em uma moto.

Os manifestantes lançaram pedras, ovos, e outros objetos contra o automóvel. Segundo a imprensa local, até o momento a polícia deteve duas pessoas pelo ataque.

Milei e membros do governo se pronunciam

O mandatário argentino se pronunciou rapidamente na rede social X, responsabilizando os "kukas" (como se refere aos kirchneristas). "Atiraram pedras por falta de ideias, voltaram a recorrer à violência", declarou, convocando apoiadores a votarem nas eleições legislativas, marcadas para 7 de setembro.

O porta-voz do governo, Manuel Adorni, também indicou que os ataques foram realizados por "kirchneristas". "Militantes da velha política, kirchnerismo em estado puro e um modelo de violência que só os homens das cavernas do passado querem: atacaram a pedradas a caravana que transportava o Presidente da Nação", declarou.

A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, também alegou que opositores teriam organizado um ataque contra Milei, "colocando em perigo as pessoas e famílias que foram acompanhá-lo". Nesse contexto, afirmou que "semeiam violência e caos" para "recuperar algum poder".

O incidente ocorreu em meio a um escândalo de corrupção envolvendo Karina Milei, que consiste em um esquema de sobrepreço em contratos públicos com a fornecedora Suizo Argentina, que teria beneficiado a irmã do presidente e outros aliados.