Notícias

Jornalista deixa publicamente a Reuters em protesto por 'traição' à cobertura de Gaza

Valerie Zink acusou a Reuters e outros meios de comunicação ocidentais de dar voz a acusações não verificadas de Israel que ligam repórteres a militantes do Hamas.
Jornalista deixa publicamente a Reuters em protesto por 'traição' à cobertura de GazaGettyimages.ru / Anadolu

A fotojornalista canadense Valerie Zink pediu demissão da Reuters após oito anos de trabalho alegando que a agência tem "justificado e permitido" assassinatos de jornalistas em Gaza, incluindo membros de sua própria equipe.

O anúncio ocorreu horas depois de um ataque aéreo israelense ao Hospital Nasser em Khan Younis na segunda-feira (25), a maior instalação médica no sul de Gaza, que matou pelo menos 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas.

Em postagem no Facebook*, Zink acusou a Reuters e outros meios de comunicação ocidentais de dar voz a acusações não verificadas de Israel que ligam repórteres a militantes do Hamas.

"Alegação totalmente infundada"

Zink citou o caso de Anas al-Sharif, proeminente repórter da Al Jazeera, que foi morto junto de sua equipe na Cidade de Gaza no início deste mês.

"A Reuters escolheu publicar a alegação totalmente infundada de que al-Sharif seria um agente do Hamas", escreveu. Antes do ataque, o exército israelense alegou que o repórter seria um comandante do movimento palestino, mas sem apresentar nenhuma evidência.

*Classificada na Rússia como uma organização extremista, cujas redes sociais são proibidas em seu território.