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Por que Biden evitou fazer um discurso público sobre o ataque do Irã a Israel?
Atualmente, Biden "está concentrado em criar um caminho diplomático, com o objetivo de travar uma resposta israelense mais ampla e, ao mesmo tempo, manter o Irã sob controle em coordenação com seus aliados", informa o Politico.
O presidente dos EUA se comportou "deliberadamente" de maneira reservada quanto ao ataque aéreo do Irã contra instalações militares israelenses para ajudar a "diminuir a escalada da situação" na região, informou o Politico no domingo.
O veículo observa que Joe Biden manteve "um perfil público baixo" durante o fim de semana, enquanto sua equipe analisava a ideia de Biden fazer um discurso nacional sobre o conflito no Oriente Médio.
No final, "os assessores avaliaram que um grande evento presidencial, como um discurso televisionado, provavelmente aumentaria as tensões e poderia provocar Teerã", diz o artigo citando várias fontes que pediram conservar seu anonimato.
Se concluiu que um discurso do mandatário norte-americano "aumentaria a temperatura" e "isso é algo que idealmente deveria ser evitado", afirmou uma das fontes.
De acordo com o jornal, Biden está atualmente "concentrado em forjar um caminho diplomático, com o objetivo de desacelerar uma resposta israelense mais ampla e, ao mesmo tempo, manter o Irã sob controle em coordenação com seus aliados".
Compromisso "rígido" com Israel
Após os ataques iranianos, a Casa Branca emitiu uma declaração dizendo que Biden teve uma conversa telefônica com o primeiro-ministro israelense , Benjamin Netanyahu, para lembrá-lo que o compromisso dos EUA com a segurança de Israel é "rígido".
"Eu disse a ele que Israel demonstrou uma capacidade notável de se defender e derrotar até mesmo ataques sem precedentes, enviando uma mensagem clara aos seus inimigos de que não podem ameaçar efetivamente a segurança de Israel", sublinhou Biden, enquanto condenou os ataques aéreos iranianos nos termos "mais enérgicos possíveis".
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, declarou no domingo que a parceria entre Washington, Tel Aviv e outros aliados "sempre foi forte, mas ontem à noite foi excepcionalmente evidente", confirmando que os EUA ajudaram a repelir o ataque iraniano.