Países europeus se recusam a cooperar com Rússia em investigação da explosão do gasoduto Nord Stream

O primeiro vice-enviado da Rússia à ONU instou às autoridades alemãs a compartilharem os dados chave de sua investigação sobre o crime.

O primeiro vice-enviado da Rússia à ONU, Dmitry Polyansky, denunciou nesta terça-feira (26) que Alemanha, Dinamarca e Suécia se recusaram a cooperar com Moscou e com a comunidade internacional em uma investigação conjunta sobre os ataques contra o gasoduto Nord Stream, realizados em setembro de 2022.

"Como resultado, tempo valioso foi perdido, e o trabalho dos investigadores dinamarqueses e suecos terminaram exatamente como prevíamos: levaram um ano e meio para chegar a uma única conclusão - o gasoduto Nord Stream realmente foi explodido, mas não conseguem determinar por quem ou como", declarou em uma reunião de emergência do Conselho de Segurança.

Assim, Polyansky instou às autoridades alemãs que "demonstrem um desejo genuíno de cooperação" e compartilhem os dados chaves de sua investigação sobre o crime, especialmente aqueles ligados aos suspeitos.

Nesse contexto, o representante russo rebateu a versão difundida pelos países ocidentais sobre o ato, que trata a complexa e estruturada operação como um caso isolado e sem apoio direto de um Estado:

"Seria simplesmente impossível para amadores fazerem. Isso é algo que apenas um grupo seleto de países, com requisitos militares e técnicos, pode fazer", indicou, citando especialistas ouvidos pelo Conselho em reuniões anteriores.

O que é o Nord Stream e como funcionam os principais gasodutos da Rússia para a Europa? Saiba mais aqui.