
Moraes determina monitoramento integral de Bolsonaro pela Polícia Penal do DF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (26) que a Polícia Penal do Distrito Federal (DF) passe a monitorar em tempo integral o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente cumpre prisão domiciliar.
De acordo com a decisão, equipes deverão realizar vigilância permanente do endereço residencial de Bolsonaro em Brasília. O monitoramento deve ser feito de forma discreta, "sem exposição indevida, abstendo-se de toda e qualquer indiscrição, inclusive midiática", escreveu o ministro. Moraes também deixou a critério da Polícia Penal do DF o uso ou não de uniforme e armamento durante a execução da ordem.

O magistrado citou risco de fuga, mencionando em especial a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, que está nos Estados Unidos. "Nesse sentido, as ações incessantes de Eduardo Nantes Bolsonaro, estando inclusive localizado em país estrangeiro, demonstram a possibilidade de um risco de fuga por parte de Jair Messias Bolsonaro, de modo a se furtar da aplicação da lei penal", registrou o juiz.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia se manifestado favoravelmente ao monitoramento integral na segunda-feira (25), também apontando risco de fuga. O ministro determinou ainda que a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal seja oficiada e que os advogados de Bolsonaro sejam intimados da decisão.
- Na última quarta-feira (20), a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro por tentativa de interferência na Justiça.
- Durante a investigação, foram encontradas mensagens em que o ex-presidente tratava de um possível pedido de asilo político na Argentina ao presidente Javier Milei, planejado desde fevereiro de 2024 para evitar a aplicação da lei penal.
