
Lula volta a criticar gastos da UE no rearmamento: precisamos 'acabar com a fome'

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, voltou a criticar nesta terça-feira (26) o ambicioso plano "ReArm Europe", que prevê investimentos totais de cerca de 800 bilhões de euros no fortalecimento da defesa da União Europeia.
''800 bilhões de euros, sabe? Para o rearmamento de todos os países da União Europeia. Quando a gente estaria precisando de dinheiro para acabar com a fome, para manter as florestas em pé, já que a gente vai ter a COP30 em Belém'', disparou.
Nesse contexto, Lula também manifestou sua opinião de que o conflito ucraniano está próximo do fim, enquanto o presidente russo, Vladimir Putin, o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, e o presidente dos EUA, Donald Trump, já teriam percebido que a situação atingiu seu ''limite''.

Anteriormente, Lula já havia criticado publicamente o excesso de gastos militares do Ocidente, os classificando como ''falta de prioridade política'':
"É mais fácil destinar 5% do PIB para gastos militares do que alocar os 0,7% prometidos para a Assistência Oficial do Desenvolvimento (ODA). Isso evidencia que os recursos para implementar a Agenda 2030 existem, mas não estão disponíveis por falta de prioridade política'', afirmou em julho, durante a Cúpula de Líderes do BRICS no Rio de Janeiro. ''É sempre mais fácil investir na guerra do que na paz''.
Um relatório recente da OCDE revela que os gastos globais com assistência internacional caíram pela primeira vez em seis anos. Entre os 32 países da OTAN, apenas quatro destinaram mais de 0,7% do PIB à Assistência Oficial ao Desenvolvimento (ODA), conforme prometido.
