O acordo tarifário assinado por União Europeia e Estados Unidos ameaça a conclusão do acordo de livre comércio com o Mercosul, em negociação há anos, embora autoridades de Bruxelas o tenham apresentado como medida para reduzir o impacto das tarifas de 15% impostas por Washington sobre produtos do bloco.
Em dezembro de 2024, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, esteve em Montevidéu para acertar os detalhes finais do acordo.
Em discurso, citou o fortalecimento das cadeias de valor, o desenvolvimento de indústrias estratégicas, o apoio à inovação em ambos os lados do Atlântico e "melhores preços" entre os dois blocos, que somam quase 700 milhões de pessoas.
Mais de oito meses depois, as instituições europeias ainda não divulgaram os documentos para ratificação, segundo o El País. Uma fonte da UE disse ao jornal que, embora se esperasse que "os textos fossem divulgados em julho e o processo fosse iniciado", as negociações com a Casa Branca atrasaram o cronograma.
Apesar de o acordo com o Mercosul ser considerado essencial para reduzir a dependência comercial e geopolítica em relação aos EUA, persistem objeções internas e disputas de interesse dentro da União Europeia que colocam em dúvida sua aprovação integral.
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