O fundador da OPSGROUP, empresa que monitora o espaço aéreo e os aeroportos, Mark Zee, comunicou à Reuters que o ataque iraniano a Israel causou a maior interrupção do transporte aéreo desde o ataque às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001.
"Desde então, não houve uma situação em que tantos espaços aéreos diferentes foram fechados em uma sucessão tão rápida, o que cria o caos", declarou Zee, observando que a interrupção poderia durar vários dias. No sábado, Irã, Israel, Iraque, Jordânia e Líbano fecharam seu espaço aéreo quando drones e mísseis iranianos se dirigiram ao território israelense.
As grandes companhias aéreas tiveram que suspender ou redirecionar os voos da região do Oriente Médio por dois dias. O território iraniano serve como rota de trânsito para voos da Europa para a Ásia, portanto, os aviões foram forçados a sobrevoar o Egito e a Arábia Saudita ou a Turquia para evitar os espaços aéreos fechados. As principais companhias aéreas regionais, Emirates Airlines, Qatar Airways e Etihad Airways, já retomaram seus voos.
O Irã iniciou um ataque no sábado, lançando mais de 300 drones e mísseis de vários tipos contra Israel em resposta à agressão do país judeu contra o consulado iraniano em Damasco. No entanto, Tel Aviv afirma ter interceptado a grande maioria dos alvos, cerca de 99%, enquanto os outros caíram na base aérea de Nevatim, no distrito sul do país, causando pequenos danos à infraestrutura.