Putin e Zelensky devem se encontrar, mas quando depende deles, diz Trump

O presidente russo, Vladimir Putin, e o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, terão que se reunir mais cedo ou mais tarde, mas a data do encontro depende unicamente deles, disse o presidente dos EUA, Donald Trump, nesta segunda-feira (25).

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Respondendo a uma pergunta sobre quando a reunião poderia ocorrer, Trump observou que "é preciso dois para dançar o tango", o que quer dizer que isso agora depende de Putin e Zelensky.

"Eles precisam se encontrar, eu acho, antes de eu ter uma reunião e provavelmente fechar o acordo, mas acho apropriado que se encontrem", afirmou. "Eles não se dão exatamente bem; você pode entender isso", acrescentou. "Não sei se eles vão se encontrar: talvez sim, talvez não. Eles gostariam que eu estivesse presente na reunião; eu disse a eles que resolvessem isso entre si. É problema deles, não mais nosso", afirmou.

O presidente também agradeceu ao seu homólogo russo por concordar em se encontrar com ele no Alasca em 15 de agosto e afirmou que os Estados Unidos sempre tiveram um relacionamento "ótimo, muito bom e sólido" com a Rússia.

"Não estamos mais envolvidos"

Trump afirmou que seu país "já não financia mais a Ucrânia".

"Estamos vendendo equipamento militar para a OTAN pelo preço integral, e a OTAN está distribuindo esse equipamento onde quer que esteja, provavelmente para a Ucrânia. [...] Portanto, a OTAN está colaborando com a Ucrânia", disse ele.

O presidente norte-americano explicou que Joe Biden "estava doando centenas de bilhões de dólares à toa, apenas doando dinheiro".

"Ele não tinha ideia de onde isso iria parar, então não estamos mais envolvidos em termos de custo", enfatizou. Além disso, Trump não descartou "consequências graves" se Putin e Zelensky não se encontrarem e chegarem a um acordo de paz: "Sim, pode haver consequências muito sérias, mas veremos o que acontece. Pode haver consequências muito sérias porque isso é algo que precisa parar", insistiu.

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Moscou não se recusa a dialogar com Kiev

Moscou sublinhou que nunca se recusou a dialogar com Kiev: "Nosso presidente afirmou repetidamente que está disposto a se reunir com o Sr. Zelensky desde que todas as questões que exigem consideração no mais alto nível estejam bem resolvidas e que especialistas e ministros preparem as recomendações adequadas", afirmou o ministro das relações exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

O chanceler russo também enfatizou que deve ficar clara a questão da legitimidade da pessoa que assinará qualquer acordo em nome da Ucrânia quando chegar a hora de assumir compromissos. Lavrov lembrou que existe um decreto em vigor na Ucrânia que proíbe legalmente a possibilidade de quaisquer negociações com a Rússia.