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Descobertas promissoras podem levar a desenvolvimento de remédio contra autismo

Por meio de experimentos em camundongos, especialistas acreditam ser possível desenvolver medicamentos capazes de tratar as manifestações do transtorno do espectro autista de forma eficaz.
Descobertas promissoras podem levar a desenvolvimento de remédio contra autismoGettyimages.ru

Um estudo científico descobriu que uma combinação de medicamentos experimentais poderia ajudar a reverter ou melhorar as manifestações do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa, publicada esta semana na revista Science Advances, explica como a hiperatividade em uma região específica do cérebro pode impulsionar comportamentos comumente associados ao TEA.

Por meio de modelagem da doença em camundongos, os pesquisadores identificaram o núcleo talâmico reticular (que atua como intermediário entre a informação sensorial do tálamo e o córtex) como um possível alvo terapêutico.

Os cientistas testaram nos camundongos o anticonvulsivante Z944, combinado com outro denominado C21, e descobriram que, juntos, suprimiram a hiperatividade nessa área do cérebro e conseguiram reverter as manifestações do autismo, como a propensão a convulsões e os aumentos da atividade motora.

Futuro

A ideia dos pesquisadores é desenvolver um tratamento que modifique geneticamente os neurônios para responder aos medicamentos de "neuro-modulação". Dessa forma, seria possível "suprimir a hiperatividade no núcleo talâmico reticular" e reverter as falhas que afetam o comportamento.

Tais descobertas, conforme indica a análise, representam uma descoberta inovadora para o tratamento do espectro autista, pois podem possibilitar a criação de um medicamento capaz de tratar o TEA e suas manifestações de maneira eficaz e eficiente.