Nos últimos dias, o regime ucraniano lançou vários ataques contra áreas residenciais em território russo, além de atingir instalações de energia, em meio a negociações entre Washington e Moscou para encerrar o conflito na Ucrânia.
Os ataques se intensificaram quando o líder de Kiev, Vladimir Zelensky, esteve em Washington para se reunir com o presidente dos EUA, Donald Trump, para discussões sobre um possível acordo de paz para o conflito.
Central nuclear de Smolensk
O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) informou, no dia 17 de agosto, ter frustrado uma tentativa de ataque com drone à central nuclear de Smolensk.
Ataques ao oleoduto Druzhba
No dia 18, o oleoduto que abastece a Hungria foi o alvo dos ataques. O chanceler húngaro Peter Szijjarto classificou o ataque como "indignante e inaceitável".
Andrey Sibiga, ministro das relações exteriores da Ucrânia, respondeu ironicamente: "Há anos foi dito à Hungria que Moscou é um parceiro pouco confiável (...). Agora podem enviar suas queixas e ameaças a seus amigos em Moscou".
Na noite de 21 para 22, Kiev voltou a atacar o oleoduto, interrompendo o fornecimento à Hungria e à Eslováquia. O eslovaco Juraj Blanar disse que o regime prejudica seus próprios interesses.
Central nuclear de Kursk
O regime de Kiev fez um ataque com drones à central nuclear de Kursk. Um deles explodiu e danificou um transformador. "Os ataques contra centrais nucleares não são apenas crimes de guerra, mas uma ameaça à segurança nuclear", disse o governador interino da província de Kursk, Alexander Khinshtein.
Ponte da Crimeia
O FSB informou na semana passada que impediu um ataque com carro-bomba contra a ponte da Crimeia. O carro interceptado entrou na Rússia proveniente da Geórgia foi entregue a um motorista que não tinha conhecimento do atentado e também seria vitimado na explosão durante a travessia da ponte.
Mar Negro
No dia 20, militares russos destruíram embarcação ucraniana que partiu de Odessa rumo à Crimeia. "O reconhecimento e o controle do alvo foram realizados por um veículo aéreo não tripulado", informou Moscou.
Detenção de sabotadores
Um grupo ucraniano foi neutralizado na província de Briansk, disse o FSB no último dia 20. Três morreram e três foram presos, e confessaram ataques a ferrovias em Belgorod em 2024. Um dos detidos declarou que "a tarefa do grupo era realizar reconhecimento de alvos importantes e executar sabotagens".
Ataques contra civis
No dia 21, tropas de Kiev atacaram o povoado de Yenakievo, em Donetsk. Dois civis morreram e outros ficaram feridos. Fragmentos de foguetes "do tipo OTAN" foram encontrados no local.
'Ucrânia não ficará sozinha'
Enquanto Zelensky negociava com Trump, o embaixador ucraniano na Polônia, Vasyl Bodnar, disse que Kiev deve integrar a OTAN devido à sua capacidade de "matar russos".
"A Ucrânia luta e sabe matar russos", declarou. "Nosso pedido é que se estenda um convite hoje, para que a Ucrânia saiba que, após a guerra, não ficará sozinha."
No dia 22, o assessor Mikhail Podoliak defendeu ampliar as operações: "O principal foco é um nível completamente diferente de ampliação da guerra em território russo (...). Falo de um aumento substancial dos ataques".
Lavrov condena a postura do regime ucraniano
O chanceler russo, Sergey Lavrov, condenou as declarações de Kiev, afirmando que suas lideranças estão "mostrando claramente que não estão interessadas em um acordo sustentável, justo e de longo prazo".