O líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, zombou neste domingo dos ataques que os militares ucranianos realizaram contra o oleoduto Druzhba ("Amizade", em russo), que abastece a Hungria e a Eslováquia.
"Sempre apoiamos a amizade entre a Ucrânia e a Hungria, e agora a existência dessa 'Amizade' depende da Hungria", declarou, fazendo um trocadilho com o nome do oleoduto.
Golpe à segurança energética dos membros da UE
Anteriormente, Kiev realizou pelo menos três ataques contra o gasoduto, que deixaram a Hungria e a Eslováquia sem abastecimento. Em resposta, os ministros das Relações Exteriores dos dois países europeus enviaram uma queixa à Comissão Europeia, pedindo que garantisse sua segurança energética.
"Consideramos absolutamente essencial que a UE se posicione a favor dos interesses dos Estados-Membros e da segurança energética dos seus cidadãos, incluindo os da República Eslovaca. Qualquer ameaça à segurança energética do nosso país é inaceitável", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros eslovaco, Juraj Blanár.
Trump, "muito irritado" com as ações de Kiev
Por sua vez, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, enviou uma carta ao presidente dos EUA, Donald Trump, com uma reclamação sobre as ações de Kiev.
"Este oleoduto abastece a Hungria e a Eslováquia, dois países que não têm outras vias para importar petróleo", explicou, ressaltando que Budapeste "apoia a Ucrânia com eletricidade e gasolina" e Kiev, "em troca, bombardeia o oleoduto que nos abastece. Uma ação muito pouco amigável!", enfatizou, desejando a Trump "muito sucesso em sua busca pela paz".
Enquanto isso, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, declarou que o regime de Kiev não vai mais parar por nada em suas ações, chamando-o de "monstro imoral e sanguinário".