Venezuelanos respondem em massa à campanha de alistamento, diz Maduro

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, exaltou neste domingo (24) a mobilização popular em torno da Grande Campanha de Alistamento Militar, que ocorre em praças Bolívar e centros de alistamento espalhados por todo o país.

"Felicito os homens e mulheres do povo, a juventude venezuelana e também os avós da pátria que compareceram em massa à Grande Jornada de Alistamento Militar", declarou Maduro por meio de seu canal oficial no Telegram.

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"Hoje, domingo 24 de agosto, continuaremos reafirmando o compromisso de um povo consciente que expressa com força: 'Eu me alisto!'"

O presidente convocou a população a manter o engajamento no segundo dia da campanha, reforçando o caráter voluntário da iniciativa: "Portanto, não fique em casa; participe e aliste-se por amor ao nosso país, em todas as praças Bolívar e centros de alistamento".

Em resgate das raízes venezuelanas, Maduro citou líderes históricos para reforçar a mensagem de unidade nacional "Como disse o cantor do povo, Alí Primera, e também o comandante Hugo Chávez ao lembrar Bolívar: 'Quando o clarim da pátria chama, até o choro da mãe silencia'". 

Ao conclamar o povo a superar divisões, o presidente afirmou: "Acima de qualquer cor ou ideologia, a Venezuela está primeiro em nosso coração. 'Não dependamos de ninguém, senão de nós mesmos' é a consigna que hoje se torna verdade".

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"Jamais trairemos nossos libertadores, nossa pátria e nossa terra", pontuou Maduro ao repetir o mote "Leais sempre, traidores nunca!".

A jornada de alistamento foi convocada pelo presidente no sábado (23) e integra a estratégia de fortalecimento da Milícia Nacional Bolivariana. Segundo o governo, a mobilização popular representa um compromisso com a defesa da soberania e da paz nacional diante do que classificou como pressões externas.

Resposta a uma ameaça

Maduro anunciou a Grande Jornada de Alistamento em meio à intensificação das tensões com os Estados Unidos, após o envio de forças navais e aéreas norte-americanas ao sul do Mar do Caribe, sob o argumento de combate ao narcotráfico.

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"Esta semana vou ativar um plano especial para garantir a cobertura com mais de 4,5 milhões de milicianos em todo o território nacional. Milícias preparadas, ativadas e armadas", afirmou o presidente na última terça-feira (19).

O governo venezuelano repudiou as ações de Washington, classificando a operação como uma agressão dissimulada e sem base em evidências. "O planeta inteiro sabe que o verdadeiro cartel está no norte", declarou a vice-presidente executiva, Delcy Rodríguez.