'EUA e Europa reconhecem que Ucrânia ainda não venceu, mas também não está perdendo', afirma Zelensky

Declarações do líder do regime de Kiev ocorrem no Dia da Independência do país e em meio a avanços das forças armadas russas. Relatos da mídia norte-americana indicam que ele terá que aceitar a paz nos termos russos.

O líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, afirmou neste domingo (24) que seus aliados ocidentais reconheceram que Kiev não está ganhando o conflito com Moscou, mas que também não está perdendo.

"Hoje, tanto os EUA quanto a Europa reconheceram: a Ucrânia ainda não venceu, mas certamente não está perdendo", disse em uma mensagem de vídeo que marcou o Dia da Independência do país.

Zelensky acredita que a 'Ucrânia é ouvida', levada em consideração e que o país recebe 'muita atenção' dos aliados. "A Ucrânia não pede, ela propõe", afirmou, destacando a cooperação com países ocidentais. O líder do regime classificou ainda o Exército da Ucrânia como "o melhor da Europa".

Segundo ele, o país precisa do apoio da União Europeia, mas afirmou que a "UE também precisa de nós. E todos reconhecem isso".

As declarações ocorrem em meio a um rápido avanço das forças armadas russas, acompanhado pela libertação de inúmeras cidades. De acordo com um comunicado do Ministério da Defesa russo, nove cidades da República Popular de Donetsk foram libertadas entre os 16 e 22 de agosto.

"Kiev terá que aceitar acordo nos termos da Rússia"

Nos Estados Unidos, diversos veículos de comunicação relatam que o presidente Donald Trump avisou a Zelensky que Kiev terá que aceitar a paz, em grande parte, nos termos de Moscou.

Uma fonte da Casa Branca comentou à NBC News, sob condição de anonimato, sobre uma publicação no Truth Social, na qual o presidente dos EUA afirmou, na quinta-feira (21), que, estando em posição defensiva, a Ucrânia "não tinha chance de vencer".

Segundo a fonte, o recado que Trump queria passar a Zelensky era de que Kiev "terá que aceitar um acordo, em grande parte, nos termos da Rússia", explicou.

Trump também afirmou, durante seu encontro com Zelensky, em Washington, que a resolução da crise agora depende dele, afirmando que o presidente russo, Vladimir Putin, quer encerrar as hostilidades.

Na terça-feira (19), o presidente dos Estados Unidos pediu ao líder ucraniano que "mostrasse um pouco de flexibilidade" na busca por um acordo de paz.