Zelensky admite que situação no front "está piorando"
Através de uma mensagem de vídeo publicada em seu canal do Telegram neste domingo, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky afirmou que a situação na linha de frente, "especialmente na área de Donetsk, está piorando".
"A assistência à Ucrânia segue limitada, e o Estado russo continua tendo acesso a componentes essenciais necessários para fabricar mísseis e veículos aéreos não tripulados", lamentou o mandatário.
De acordo com Zelensk, "a aviação moderna prova sua eficácia, os sistemas modernos de defesa aérea são capazes de proteger vidas: isso foi demonstrado no Oriente Médio, quando a aviação e os sistemas antiaéreos derrubaram mísseis iranianos e drones Shahed que visavam Israel".
"O mundo inteiro está vendo o que é a defesa real. Ele vê que ela é viável. E o mundo inteiro viu que Israel não estava sozinho nessa defesa: a ameaça no céu também estava sendo eliminada por seus aliados", observou. Por sua vez, "a Ucrânia está esperando há meses por um pacote de ajuda vital", acrescentou.
O comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Alexander Syrski, por sua vez, afirmou no sábado que a situação na linha de frente piorou significativamente nos últimos dias, com as tropas russas obtendo "sucessos táticos" em várias direções.
Paralelos com Israel
As declarações deste domingo não foram a primeira vez em que Zelensky pronunciou-se sobre o ataque iraniano contra Israel. No dia anterior, o mandatário ucraniano condenou as ações de Teerã, traçando paralelos com aquelas que são tomadas pela Rússia.
"Nós, na Ucrânia, conhecemos muito bem o horror de ataques semelhantes da Rússia, que usa os mesmos drones "Shahed" e mísseis russos, as mesmas táticas de ataques aéreos em massa", afirmou Zelensky em uma publicação realizada no sábado em seu perfil no X.
Zelensky se refere ao ataque realizado pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã no sábado, que lançou dezenas de drones e mísseis contra o território israelense em resposta ao recente ataque de Israel à missão diplomática de Teerã na Síria. O ataque israelense matou 16 pessoas, incluindo dois comandantes iranianos de alto escalão e cinco militares iranianos.