
Delcy Rodríguez acusa EUA de montar ‘um espetáculo patético’ contra Maduro

A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, descreveu as ações do governo dos Estados Unidos contra o presidente Nicolás Maduro como um "espetáculo patético".
"O que estão tentando fazer é um grande 'espetáculo', para aumentar e acentuar essa agressão psicológica, buscando criar ansiedade em nosso povo", afirmou neste sábado (23), durante sua participação no Grande Dia do Alistamento, após o aumento das tensões com Washington.
País em alerta
Rodríguez afirmou que "toda a Venezuela está em alerta" diante das ameaças de agressão dos EUA contra seu país, que, segundo ela, se baseiam em "mentiras" e "falsidades".
"Vimos uma mobilização massiva nas fábricas, nos centros de produção, nos ministérios. Essa é a força dos trabalhadores acompanhando e atendendo ao chamado do presidente", destacou.
A vice-presidente também apontou que os cidadãos venezuelanos estão expressando seu "sagrado direito à autodeterminação e soberania" e "consolidando a democracia popular".

Ainda durante o discurso, destacou que o povo venezuelano não permitirá que "nenhum império, por mais decadente que seja, ou qualquer governo estrangeiro, lhes dê ordens". "Ninguém lhes dirá o que fazer", afirmou.
A vice-presidente participou do ato na Praça Bolívar, ao lado de trabalhadores do Ministério de Hidrocarbonetos e da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), no âmbito do Plano Nacional de Soberania e Paz, lançado por Maduro.
O Grande Dia do Alistamento se deve ao deslocamento de forças navais e aéreas de Washington para o sul do Mar do Caribe, sob o pretexto de combater o narcotráfico. A operação foi categoricamente rejeitada pelo gabinete do presidente venezuelano, que a considerou uma agressão clandestina.
"Um escudo intransponível"
Rodríguez enfatizou que a melhor maneira de a Venezuela se defender das ações dos EUA e sair vitoriosa é "garantir que a economia continue seu caminho de recuperação", a fim de facilitar e garantir a reconstrução do "modelo de bem-estar social".
Segundo ela, o país conta com um "escudo intransponível" composto pelas Forças Armadas nacionais, pelo povo venezuelano e pela união civil, militar e policial.
"A resposta é esta: um povo vivendo na normalidade, mas atendendo ao chamado para se alistar; para estar pronto e preparado porque, no momento em que nosso país exigir, estaremos lá como um povo unido nacionalmente, defendendo nossa dignidade", finalizou.

