As Forças de Defesa de Israel (IDF) emitiram, na última quinta-feira (21), uma ordem para derrubar oliveiras em uma área de 0,27 km² em al-Mughayyir, um vilarejo com cerca de 4 mil habitantes a nordeste de Ramallah.
A destruição foi realizada enquanto al-Mughayyir está em confinamento desde quinta-feira (21), após um israelense ter sido baleado na área. Segundo relatos, nem mesmo ambulâncias conseguem acessar o local.
A justificativa da medida foi a de que as árvores representariam uma "ameaça à segurança" de uma das principais estradas de assentamentos israelenses que atravessam as terras do vilarejo.
O vice-chefe do conselho do vilarejo, Marzouq Abu Naim, declarou à agência de notícias palestina Wafa que soldados fizeram ameaças e chegaram a invadir mais de 30 casas, destruindo propriedades e veículos dos moradores.
Ação israelense não é nova
Durante décadas, o Exército israelense tem arrancado oliveiras – um importante símbolo cultural palestino – em todo o território ocupado, como parte dos esforços do país para tomar terras e deslocar moradores à força.
Segundo relatou a Al Jazeera, a Cisjordânia vem testemunhando um aumento na violência militar israelense desde 2023. Dezenas de milhares de palestinos foram forçados a deixar suas casas.
Entre janeiro de 2024 e o final de julho deste ano, mais de 2.370 ataques de israelenses contra palestinos foram relatados na região, de acordo com os dados mais recentes do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
Cerca de 585 deles foram registrados na área de Ramallah, seguido por 479 na região de Nablus, no norte da Cisjordânia. Ainda de acordo com o escritório da ONU, pelo menos 671 palestinos morreram em decorrência das ações, incluindo 129 crianças.