
Maduro agradece apoio global contra tentativa dos EUA de 'iniciar um conflito na América do Sul'

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, agradeceu nesta sexta-feira (22) a todos os países que expressaram apoio a Caracas para evitar "que os Estados Unidos iniciem um conflito armado na América do Sul".
Washington enviou uma força militar ao sul do Mar do Caribe, próximo às águas venezuelanas, com o objetivo de combater o narcotráfico.

"Agradeço a todos os setores da sociedade venezuelana e a todos os governos e povos do mundo pela solidariedade e apoio que têm dado à Venezuela e pela rejeição mundial unânime à abertura de um conflito armado na América do Sul pelos EUA, que se somaria aos seus fracassos no Vietnã, Afeganistão, Iraque e Líbia: fracassos do poder imperialista norte-americano", disse Maduro ao discursar em um evento intitulado 'Ato em Defesa da Soberania e da Paz na América Latina e Caribe: Territórios de Paz!'.
Maduro também agradeceu o apoio da Rússia em meio às ameaças militares norte-americanas nas proximidades do território marítimo da Venezuela. Além disso, destacou que a vice-presidente e ex-ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez, manteve uma "longa e agradável conversa" com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, que ratificou a aliança econômica bilateral.
No discurso, Maduro mandou uma mensagem direcionada ao presidente da Rússia, Vladimir Putin. "O ministro das Relações Exteriores, Lavrov, confirmou as saudações do presidente Putin à Venezuela e, especialmente, ao seu amigo, o presidente Nicolás Maduro. Putin, irmão de Chávez, padrinho de Nicolás Maduro", concluiu.
Apoio externo
Governos do México, Bolívia, Cuba, Nicarágua e Colômbia, além dos países integrantes da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA), se posicionaram contra qualquer ação militar dos Estados Unidos que possa violar a soberania de nações da região, independentemente do argumento apresentado pela Casa Branca.
Ao lado desses países, a China também manifestou apoio à Venezuela. Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, afirmou na quinta-feira (21) que Pequim rejeita qualquer ação que desrespeite a Carta das Nações Unidas e a soberania de qualquer Estado, condenando o uso ou a ameaça de força e a interferência de atores externos nos assuntos internos de Caracas.

