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Maduro: 'Ninguém encostará na Venezuela'

Presidente venezuelano mobilizou milhões de milicianos e convocou campanha de alistamento diante da ação dos Estados Unidos.
Maduro: 'Ninguém encostará na Venezuela'Jesus Vargas/Getty Images

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta sexta-feira (22) que "ninguém" encostará no país, em meio à escalada de tensão com os Estados Unidos. Washington enviou uma força militar ao sul do Mar do Caribe, próxima às águas venezuelanas, com o objetivo de combater o narcotráfico.

"Não é hora de divergências políticas ou de cor. Uma única bandeira nos abriga [...] e esta pátria é inexpugnável. Ninguém encostará na Venezuela . Que ouça quem quiser ouvir: a Venezuela é respeitada", disse o presidente durante um evento.

O evento faz parte de uma série de ações empreendidas por Caracas para enfrentar o que interpreta como uma ameaça de Washington, já que as alegações sobre o tráfico de drogas na Venezuela e o suposto envolvimento de suas autoridades nessa atividade ilícita são inconsistentes com o que foi publicado em relatórios endossados ​​pelos EUA. 

Maduro anunciou nesta semana a mobilização de 4,5 milhões de milicianos armados e lançou uma campanha de alistamento em massa para se preparar contra uma eventual ação americana.

Apoio externo

Governos do México, Bolívia, Cuba, Nicarágua e Colômbia, além dos países integrantes da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA), se posicionaram contra qualquer ação militar dos Estados Unidos que possa violar a soberania de nações da região, independentemente do argumento apresentado pela Casa Branca.

Ao lado desses países, China e Rússia também manifestaram apoio à Venezuela. Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, afirmou na quinta-feira (21) que Pequim rejeita qualquer ação que desrespeite a Carta das Nações Unidas e a soberania de qualquer Estado, condenando o uso ou a ameaça de força e a interferência de atores externos nos assuntos internos de Caracas.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, reforçou a solidariedade de Moscou, destacando apoio às ações do governo venezuelano para defender sua soberania e garantir a estabilidade institucional diante da crescente pressão externa.