O governo da Rússia declarou apoio e solidariedade à Venezuela nesta sexta-feira (22), após a chegada de navios de guerra dos Estados Unidos ao sul do mar do Caribe.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, conversou por telefone com a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, na qual expressou apoio ao país latino-americano.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou que o chanceler expressou solidariedade ao governo venezuelano e apoio aos seus esforços para defender a soberania nacional e garantir a estabilidade institucional em meio à crescente pressão externa sobre Caracas.
Durante a conversa, ambos os lados confirmaram sua disposição de continuar fortalecendo sua parceria estratégica bilateral.
Entenda a ofensiva norte-americana
Nos últimos dias, os Estados Unidos mobilizaram pelo menos seis embarcações de guerra rumo ao Caribe. Entre elas, os navios USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson, acompanhados de cerca de quatro mil soldados, aviões espiões P-8 e ao menos um submarino de ataque.
Além disso, navios anfíbios como o USS San Antonio, USS Iwo Jima e USS Fort Lauderdale transportam cerca de 4.500 militares, incluindo 2.200 fuzileiros navais. A operação foi anunciada na terça-feira (20) por fontes à agência Reuters e, segundo a previsão, as tropas estariam posicionadas na região até domingo (24).
Em resposta, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou o deslocamento de 4,5 milhões de milicianos em todo o país.
"As milícias estão preparadas, acionadas e armadas", afirmou Maduro na segunda-feira (18), durante reunião com governadores e prefeitos. O presidente também classificou a ofensiva militar norte-americana como "extravagante, bizarra e excêntrica".