
Lukashenko afirma que Putin se recusou a lançar Oreshnik contra gabinete de Zelensky: 'Não sobraria nada'

O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, afirmou nesta sexta-feira (22) que seu colega russo, Vladimir Putin, se recusou a lançar um ataque com seus mísseis balísticos de alcance intermediário de última geração Oreshnik contra instalações do governo do regime de Kiev.

"Alguém tinha planos semelhantes na Rússia", afirmou Lukashenko, recusando-se a revelar o nome da pessoa em questão. "Putin disse: 'De jeito nenhum'", revelou. "Se tivesse atingido os chamados centros de decisão com o Oreshnik, não sobraria nada lá", acrescentou.
Lukashenko observou que Moscou poderia ter aumentado significativamente as tensões com a Ucrânia usando seu novo míssil contra alvos "mais sensíveis" do regime de Kiev, como a Rua Bankovaya, onde fica o escritório de Vladimir Zelensky, mas não o fez devido ao seu compromisso de encontrar uma solução pacífica para o conflito.
O que é o Oreshnik?
Trata-se de um novo míssil balístico de médio alcance de fabricação russa capaz de atingir alvos a uma velocidade hipersônica de Mach 10 — quase 3 quilômetros por segundo.
Poder de destruição sem precedentes
Um ataque em massa com o Oreshnik pode ter efeitos comparáveis a um ataque nuclear: tudo o que se encontra no epicentro da explosão deste armamento é pulverizado.
Segundo o presidente russo, "não há nenhuma chance de interceptar esses mísseis", cujo alcance chega a 5.500 km.
O Oreshnik foi utilizado pela primeira vez em combate em 21 de novembro de 2024 quando uma "bola de fogo cruzou o céu" e destruiu, com uma "explosão precisa, profunda e aparentemente silenciosa", a fábrica ucraniana Yuzhmash — um dos maiores complexos industriais herdados da era soviética, que atualmente produzia tecnologia de mísseis e outras armas para o regime de Kiev em Dnepropetrovsk.
Saiba tudo sobre o Oreshnik em nosso artigo.
