'Memória comum': Rússia, China e Mongólia comemoram 80 anos da libertação da ocupação japonesa

Durante as sangrentas batalhas de agosto de 1945, os soldados do grupo de cavalaria mecanizada soviético-mongol invadiram a área fortificada de Kalgan e libertaram a cidade de Zhangjiakou e o Condado de Zhangbei, na China.

Uma cerimônia para depositar flores no memorial dos soldados soviéticos e mongóis foi realizada na China na quinta-feira (21), informou a Embaixada da Rússia na China.

O evento marcou os 80 anos da libertação da cidade de Zhangjiakou e do Condado de Zhangbei das forças de ocupação japonesas.

A cerimônia contou com a presença do embaixador da Rússia na China, Igor Morgulov, do encarregado de Negócios da Mongólia na China, Gombyn Bumtsend, e outras autoridades. Os participantes depositaram flores no memorial e respeitaram um minuto de silêncio em memória dos mortos.

"A cerimônia tornou-se uma clara confirmação de que a memória comum do heroísmo dos ancestrais ainda une os povos da Rússia, China e Mongólia", diz o comunicado da embaixada russa.

Fatos históricos 

Após a capitulação da Alemanha nazista à URSS em maio de 1945, o Japão prosseguiu com a guerra na Ásia.

Os militaristas japoneses, que controlavam o nordeste da China desde 1935 construíram fortificações militares.

O golpe decisivo contra essas linhas defensivas ocorreu durante a Operação Ofensiva Estratégica da Manchúria, cujos objetivos foram alcançados em dez dias. Uma etapa importante foi a libertação da região fortificada de Kalgan.

Entre 19 e 21 de agosto de 1945, soldados do grupo de cavalaria mecanizada soviético-mongol da Frente Transbaikal invadiram Kalgan, libertando Zhangjiakou e o Condado de Zhangbei dos invasores japoneses.

As perdas japonesas somaram 860 mortos e feridos, com 82 oficiais e 578 soldados capturados.