Hungria e Eslováquia apresentam queixa à Comissão Europeia após ataque ucraniano a oleoduto

Os ministros das Relações Exteriores de ambos os países indicaram que a interrupção do fornecimento de petróleo poderia durar pelo menos cinco dias, informou a mídia eslovaca.

Os ministros das Relações Exteriores da Hungria e da Eslováquia, Peter Szijjarto e Juraj Blanár, apresentaram nesta sexta-feira (22) uma queixa à Comissão Europeia após o ataque ucraniano ao oleoduto Druzhba, que os abastece.

"Nos últimos dias, a Ucrânia realizou três ataques ao oleoduto Druzhba, que desempenha um papel crucial na segurança energética da Hungria e da Eslováquia. Esses ataques resultaram na suspensão do fornecimento de petróleo para ambos os países [...] A realidade física e geográfica é que, sem este oleoduto, o fornecimento seguro aos nossos países é simplesmente impossível", afirmaram em carta endereçada a Kaja Kallas, Alta Representante da UE para Assuntos Externos e Política de Segurança, e a Dan Jorgensen, Comissário da Energia.

As autoridade observaram também que a interrupção do fluxo de petróleo bruto russo pode durar pelo menos cinco dias.

Os ministros exigiram que Bruxelas garantisse a segurança do abastecimento de petróleo, conforme prometido em janeiro. Szijjarto e Blanár lembraram que, em sua declaração emitida em 27 de janeiro de 2025, a Comissão Europeia afirmou que a "integridade da infraestrutura energética que abastece os Estados-Membros da UE é uma questão de segurança da UE" e apelou a "todos os países terceiros para que a respeitem".

Eles também enfatizaram que "as ações da Ucrânia, que ameaçam seriamente a segurança energética da Hungria e da Eslováquia, são completamente inaceitáveis", ao pedir a Comissão a "implementar imediatamente os compromissos delineados na referida declaração e a garantir a segurança do abastecimento de energia para os seus Estados-Membros".