'VTNC, seu ingrato do caralh*': Após ser chamado de imaturo, Eduardo Bolsonaro xinga pai

Mensagens examinadas pela Polícia Federal (PF) e mencionadas em relatório divulgado na quarta-feira (20) indicam que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) insultou seu pai, Jair Bolsonaro, após uma entrevista do ex-presidente ao Poder 360 a respeito do desentendimento do filho com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), conforme noticiado pelo Jornal G1 nesta quinta-feira (21).

De acordo com a PF, Eduardo ficou irritado com as afirmações do pai. "VTNC SEU INGRATO DO CARALHO", escreveu o parlamentar em mensagem dirigida ao seu pai.

Em um dos diálogos, Eduardo escreveu ao ex-presidente no dia 15 de julho: "Eu ia deixar de lado a histório do Tarcísio, mas graça aos elogios que você fez a mim no Poder 360 estou pensando seriamente em dar mais uma porrada nele, para ver se você aprender [sic.]". 

Eduardo Bolsonaro critica relatório da PF: 'lamentável e vergonhoso'

Segundo a PF, Eduardo continuou a conversa citando os termos usados pelo pai: "Se o IMATURO do seu filho de 40 anos não puder encontrar com os caras aqui, PORQUE VC ME JOGA PRA BAIXO, quem vai se fuder é vc E VAI DECRETAR O RESTO DA MINHA VIDA NESTA PORRA AQUI [sic.]".

O deputado ainda escreveu: "Agora ele quer posar de salvador da pátria. Se o sistema enxergar no Tarcísio uma possibilidade de solução, eles não vão fazer o que estão pressionados a fazer. E pode ter certeza, uma 'solução Tarcísio' passa longe de resolver o problema, vai apenas resolver a vida do pessoal da Faria Lima".

De acordo com a PF, a conversa foi encerrada com Eduardo "evidenciando sua intenção criminosa objetivando apenas tentar livrar Jair Bolsonaro de uma eventual condenação criminal".

Eduardo se pronuncia

O deputado federa  comentou sobre o relatório da PF que o indiciou por obstrução de Justiça na ação penal que julga uma tentativa de golpe de Estado. Em publicação na rede social X, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, também indiciado, classificou como "lamentável e vergonhoso" a atuação da instituição.

"É lamentável e vergonhoso ver a Polícia Federal tratar como crime o vazamento de conversas privadas, absolutamente normais, entre pai e filho e seus aliados", declarou, alegando que a divulgação das mensagens "não se trata de justiça, mas de provocar desgaste político".