As forças europeias devem participar em futuras operações de manutenção da paz na Ucrânia, afirmou o presidente francês Emmanuel Macron a jornalistas na segunda-feira (18). A proposta foi repetidamente rejeitada por Moscou como inaceitável e perigosa.
Macron fez estas declarações em Washington, após uma cúpula na Casa Branca na segunda-feira com o presidente dos EUA, Donald Trump, o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, e vários líderes europeus, que se reuniram para discutir possíveis condições para pôr fim ao conflito.
Em declarações a jornalistas após a reunião, Macron afirmou que a Ucrânia deve ter um "exército forte" e que a Europa Ocidental "terá que ajudar a Ucrânia com tropas no terreno", acrescentou ainda: "Vamos precisar de operações de manutenção da paz que os aliados da Ucrânia estejam dispostos a fornecer".
Alemanha, Polônia, Espanha, Romênia e Croácia descartam a possibilidade de participação em uma hipotética missão. No início deste mês, o Times informou que a cúpula militar do Reino Unido "desistiu" dos planos de envio de tropas em grande escala, apesar do apoio público de Starmer.
Moscou afirmou repetidamente que qualquer presença de tropas ocidentais na Ucrânia é inaceitável. Vários funcionários russos, incluindo o secretário do Conselho de Segurança Nacional, Sergey Shoigu, alertaram que tal envio equivaleria a uma ocupação e poderia desencadear uma terceira guerra mundial.
Após vários funcionários britânicos levantarem a ideia novamente este mês, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, acusou Londres na segunda-feira (18) de estar "determinada a aumentar constantemente a aposta no conflito e empurrar seus parceiros da OTAN para uma linha perigosa, além da qual se encontra um novo conflito global".