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Rússia exalta a "cooperação russo-brasileira no espaço"

Acordo entre a Rússia e o Brasil viabilizou a viagem do primeiro brasileiro ao espaço, em 2006.
Rússia exalta a "cooperação russo-brasileira no espaço"Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

Nesta sexta-feira, Dia da Cosmonáutica, o perfil oficial da Embaixada da Rússia no Brasil divulgou uma nota celebrando a "cooperação russo-brasileira no espaço'' e tornando pública uma reunião que promoveu o encontro entre o ''cosmonauta russo Valeri Tokarev e o Senador astronauta Marcos Pontes'' (PL-SP).

A Rússia e o Brasil possuem uma relação longeva e amigável na área espacial. O primeiro acordo nesse sentido foi firmado entre os dois países ainda em 1988, e previa "a cooperação no campo da pesquisa espacial e da utilização do espaço para fins pacíficos". Desde então, diversos outros avanços foram alcançados. 

Parceria longeva 

A 'Missão Centenário', que viabilizou a viagem de Marcos Pontes, primeiro brasileiro a desbravar o espaço, nasceu de um acordo entre a Agência Espacial Brasileira e a Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos). 

A ida de um brasileiro ao espaço "tem um significado histórico muito importante para o Brasil", afirmou o presidente Lula da Silva, na época em seu primeiro mandato, citado pela imprensa local. "Este também é um sinal para o mundo de que o Brasil caminha a passos largos para exercitar plenamente sua soberania", acrescentou.

O lançamento ocorreu em 30 de março de 2006, na ocasião do centenário do voo do 14-bis, construído por Santos Dumont. Pontes e seus colegas Pavel Vinogradov e Jeffrey Williams foram lançados rumo à Estação Espacial Internacional a bordo da espaçonave de fabricação russa Soyuz TMA, a partir de uma estação espacial russa no Cazaquistão.

Possibilidade de avanços futuros

Em julho do ano passado, a Rússia abriu a possibilidade de estreitar a colaboração espacial russo-brasileira quando Yuri Barisov, diretor-geral da agência espacial russa Roscosmos, anunciou que os parceiros de Moscou no BRICS poderiam construir um módulo especial separado na Estação Orbital Russa, que deve ser totalmente concluída até 2032.

Borisov, citado pela imprensa local, afirmou que o módulo permitiria que os países aliados "usassem as capacidades da órbita terrestre baixa para implementar seus programas espaciais nacionais".