Um funcionário do governo de Israel foi detido pela polícia de Las Vegas (Nevada, EUA) durante uma operação contra predadores sexuais de menores na internet.
O suspeito, identificado como Tom Artiom Alexandrovich, de 38 anos, teria participado da concepção da "cibercúpula" israelense, programa voltado à defesa cibernética.
De acordo com seu perfil, já apagado, em uma rede social, também exerceria a função de diretor executivo da Direção Cibernética de Israel, vinculada ao gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Segundo as autoridades, Alexandrovich viajou no início de agosto a Nevada para participar do Black Hat Briefings, encontro anual de profissionais de segurança cibernética.
Ele foi acusado de aliciar um menor para atos sexuais pela internet, mas foi liberado após pagar fiança de US$ 10 mil em uma primeira audiência.
O suspeito já retornou a Israel. Pela lei de Nevada, crimes desse tipo podem gerar penas de 1 a 10 anos de prisão.
Reações de Israel
O portal israelense de notícias Ynet informou que autoridades minimizaram o caso, afirmando que não teve "implicações políticas" e foi resolvido "rapidamente", sem detalhar o nome ou os motivos da detenção.
O portal Mediate, por sua vez, divulgou que o Gabinete do primeiro-ministro negou a prisão, afirmando que "o funcionário, que não possui visto diplomático, não foi preso e retornou a Israel conforme previsto".
Na operação em Las Vegas, outros sete homens também foram flagrados e detidos por agentes à paisana ao tentarem se encontrar com os menores.