O fluxo de petróleo russo para a Hungria e a Eslováquia foi interrompido nesta segunda-feira (18) após o ataque da Ucrânia ao oleoduto Druzhba ("Amizade"), informou a Reuters, citando autoridades dos países afetados.
O ataque havia sido denunciado pelo chefe da diplomacia húngara, Peter Szijjarto, que comunicou que "a Ucrânia atacou novamente o oleoduto que abastece a Hungria, interrompendo o fornecimento", qualificando a ofensiva como "indignante e inaceitável" em relação à segurança energética do seu país.
O chanceler afirmou que o vice-ministro de Energia russo, Pavel Sorokin, informou que os especialistas estão trabalhando para restaurar a subestação elétrica essencial para o funcionamento do oleoduto, mas por enquanto não podem precisar quando o fornecimento será retomado.
Ucrânia ironiza após ataque
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrey Sibiga, zombou de Szijjarto após o ataque de Kiev: "A Hungria foi avisada durante anos de que Moscou é um parceiro pouco confiável. Apesar disso, a Hungria fez tudo ao seu alcance para manter sua dependência da Rússia", escreveu Sibiga no X.
Reação de Moscou
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, destacou que Kiev não vai hesitar em suas ações, chamando-o de "monstro imoral e sanguinário": "Na África, já cometeram atentados. No Oriente Médio deixaram sua marca. Recrutaram cidadãos da Ásia Central para o terrorismo. Na Europa dominaram o mercado ilegal de armas. Com clientes ocidentais, aperfeiçoaram o tráfico de órgãos. O regime de Bankovaya [rua onde se localiza o escritório de Zelensky] agora não vai se deter diante de nada", enfatizou.