Trump pressiona Zelensky na véspera da reunião na Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou a pressão sobre Vladimir Zelensky ao atribuir a ele a responsabilidade de encerrar o conflito ucraniano, informou o Politico nesta segunda-feira (18).

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O jornal destacou que o líder do regime de Kiev não deve receber em Washington a mesma acolhida que Vladimir Putin teve no Alasca.

Na véspera da chegada de Zelensky aos EUA, Trump afirmou que está nas mãos do líder ucraniano pôr fim à guerra com a Rússia "quase imediatamente" ou "continuar lutando".

"Lembrem-se de como tudo começou. Não se pode devolver a Crimeia, que Obama cedeu (há 12 anos, sem disparar um único tiro!), e nada de a Ucrânia se juntar à OTAN. Há coisas que nunca mudam!", declarou Trump.

Crise anterior

Segundo o Politico, os líderes europeus temem que a reunião desta segunda-feira entre Trump e Zelensky repita o episódio de 28 de fevereiro no Salão Oval, que terminou em escândalo e levou o presidente americano a suspender temporariamente o apoio militar a Kiev.

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Para tentar evitar novo atrito, Zelensky chegou a Washington acompanhado de uma comitiva de aliados europeus, entre eles Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia; Alexander Stubb, presidente da Finlândia; Emmanuel Macron, presidente da França; Friedrich Merz, chanceler da Alemanha; Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido; Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália; e Mark Rutte, chefe da OTAN.

• A visita ocorre após Trump se reunir com Putin na base de Elmendorf-Richardson, no Alasca, na sexta-feira (15). Foi o primeiro encontro entre os dois desde a escalada do conflito na Ucrânia em 2022, realizado em clima que ambos descreveram como "construtivo e de respeito mútuo".