EUA temem alta global nos preços da energia com sanções contra China

Os Estados Unidos avaliam que possíveis sanções secundárias contra a China, devido ao refino de petróleo russo, podem provocar um aumento dos preços da energia no mercado global, afirmou o secretário de Estado, Marco Rubio.

"Se forem impostas sanções secundárias a um país, como no caso do fornecimento de petróleo russo à China, a China simplesmente vai refinar esse petróleo e revendê-lo no mercado global. Quem comprar esse petróleo vai pagar mais caro por ele ou, caso não esteja disponível, terá que buscar fontes alternativas", explicou Rubio em entrevista à Fox News neste domingo (17).

O secretário também revelou que, ao apresentar aos aliados europeus um projeto de lei do Senado que propõe tarifas de 100% sobre produtos da China e da Índia, a reação foi de pouca empolgação. "Ouvimos de vários países europeus certa preocupação sobre o que isso poderia significar", relatou.

Anteriormente, o chefe do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, aconselhou a União Europeia a "fechar a boca" sobre as sanções antirrussas, caso não queira adotar medidas mais duras por conta própria.

Ele citou uma reunião do G7 realizada no início deste ano, na qual, segundo ele, os líderes europeus reagiram com frieza à ideia de aumentar as tarifas sobre países que compram energia da Rússia.

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Bessent relembrou que, durante o encontro, "olhou para todos os líderes e perguntou: 'Todos estão dispostos a impor uma tarifa secundária de 200% à China?'". "E sabem o que aconteceu? Todos preferiram olhar para os próprios sapatos", ironizou.

Enquanto isso, após uma reunião bem-sucedida na sexta-feira (15) com o presidente russo, Vladimir Putin, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que, no momento, não está considerando impor novas tarifas à China, "devido ao que aconteceu" naquele dia.