
Banco do BRICS pode ajudar a desenvolver malha de transportes no Norte, Centro-Oeste e Nordeste

O governo Lula busca captar R$ 2,7 bilhões em recursos do Banco de Novo Desenvolvimento (NDB) para uma carteira de investimentos no âmbito do Fundo de Desenvolvimento Regional. A quantia, segundo nota oficial, impulsionaria ''empreendimentos em transportes e infraestrutura logística do Novo PAC nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste''.
''Acreditamos que esses projetos respondem a desafios estruturais e contribuirão para ampliar a inclusão territorial, a segurança hídrica e a infraestrutura'', afirmou o ministro Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional, em sua reunião com a presidente do banco, Dilma Rouseff, realizada em Xangai na quarta-feira (13).
Segundo Dilma, serão priorizados projetos relacionados ao plano de transformação ecológica e transição energética:

''Estamos discutindo, fundamentalmente, como levar infraestrutura logística, portos, terminais e rodovias para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, garantindo que haja uma transição energética justa com a adoção de fontes alternativas de energia, inclusive com o uso de biocombustíveis, e cidades inteligentes'', pontuou a presidente da instituição.
Eduardo Tavares, secretário Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros, explicou que a carteira terá enfoque para a Amazônia. Entre os projetos vislumbrados, constam ''concessões rodoviárias, terminais ferroviários — como os da Transnordestina, Fico e Fiol —, hidrovias e portos''.
As ferrovias Transnordestina, Fico e Fiol são projetos estratégicos para escoamento de commodities e desenvolvimento regional, reduzindo custos logísticos e aumentando a competitividade global dos produtos brasileiros. Somente a Transnordestina, segundo a imprensa especializada, já teria capacidade para transportar 30 milhões de toneladas por ano.
