Exames realizados neste sábado (16) no Hospital DF Star, em Brasília, indicaram que o ex-presidente Jair Bolsonaro apresenta refluxo persistente, esofagite, gastrite e sinais residuais de infecções pulmonares.
Segundo boletim médico publicado pelo portal G1, os achados podem estar associados a episódios de broncoaspiração, e o tratamento continuará sendo exclusivamente medicamentoso.
O ex-presidente deixou sua residência no Condomínio Solar de Brasília, no bairro do Jardim Botânico, pela primeira vez desde que teve prisão domiciliar decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 4 de agosto.
A saída foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes apenas para a realização dos exames médicos. Escoltado por agentes da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), Bolsonaro chegou ao hospital por volta das 9h. Do lado de fora, apoiadores cantavam e oravam. Ele acenou, mas limitou-se a dizer: "Não posso falar".
De acordo com a equipe médica, o ex-presidente foi submetido a tomografias computadorizadas de tórax, abdome e pelve, endoscopia digestiva, ecocardiograma transtorácico, ultrassonografias de carótidas, próstata e vias urinárias, além de coletas de sangue e urina.
A endoscopia apontou "persistência da esofagite e da gastrite, agora menos intensa, porém com a necessidade de tratamento medicamentoso contínuo". Ainda segundo o boletim, "os exames evidenciaram imagem residual de duas infecções pulmonares recentes possivelmente relacionadas a episódios de broncoaspiração".
Bolsonaro foi liberado do hospital às 13h58 e deve apresentar o atestado de comparecimento à Justiça em até 48 horas, conforme determinação do STF.