Politico: Os EUA veem a retirada parcial das tropas israelenses de Gaza como um sinal de que Netanyahu "ouve Washington"

O Governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vê a retirada parcial das tropas israelenses da Faixa de Gaza como um sinal de que o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está ouvindo Washington e optou por realizar operações militares de menor intensidade em sua guerra contra o Hamas, disseram três autoridades norte-americanas ao Politico, sob condição de anonimato.

Embora a transição seja mais lenta do que os EUA gostariam, a medida gerou "pequenos suspiros de alívio" no governo dos EUA, disseram eles. Para o governo Biden, a retirada de milhares de tropas israelenses do enclave palestino significa que Netanyahu mudou as táticas para ataques mais direcionados e precisos contra oficiais do alto escalão do Hamas, em vez de bombardeios em grande escala que deixam um grande número de civis mortos.

Israel confirmou na segunda-feira que estava retirando milhares de soldados do enclave palestino. As forças israelenses estão se aproximando da terceira fase da guerra, que durará pelo menos seis meses e se concentrará em ataques intensos no terreno contra os membros do Hamas.

Com o retorno dos reservistas à vida civil, o governo de Netanyahu também está buscando revitalizar a economia nacional enquanto o país se prepara para um confronto militar prolongado, disse uma autoridade israelense à Reuters sob condição de anonimato. Ao mesmo tempo, algumas das tropas retiradas de Gaza se prepararão para um possível deslocamento para uma segunda frente na fronteira norte com o Líbano, acrescentou.

Na terça-feira, um ataque a um escritório do Hamas no subúrbio libanês de Dahieh, ao sul de Beirute, foi atribuído a Israel. Saleh al Arouri, um líder sênior do movimento palestino, foi morto no ataque.

Após o ataque no Líbano, soube-se que os membros do Knesset (parlamento israelense) foram instados a não dar entrevistas sem aprovação prévia nas próximas 24 horas ou até novo aviso. A solicitação teria sido feita depois que o deputado Danny Danon parabenizou as Forças de Defesa de Israel, o Mossad e outros serviços de segurança israelenses pela morte de Al Arouri.