
À RT, Breno Altman explica ausência da UE na cúpula do Alasca: 'não tem a menor relevância'

Breno Altman, jornalista e analista político, corroborou a concepção de Vladimir Putin e afirmou, em entrevista à RT nesta sexta-feira (15), que a União Europeia se limita a um ''anão diplomático'':
''Com todo o respeito aos anões: a União Europeia é um anão. Politicamente e militarmente, é um anão bem pequenininho. De fato, a posição da UE não tem relevância no caso da guerra da Ucrânia'', afirmou.
"Anão diplomático": ausência da UE na cúpula do Alasca expõe fragilidade do bloco, avalia Breno Altman (@brealt)O analista político analisou a exclusão do bloco e respaldou a posição de Putin, que classificou o bloco como um "anão diplomático". ➡️ https://t.co/IQ9KEKanDepic.twitter.com/MR0ikhZd2w
— RT Brasil (@rtnoticias_br) August 15, 2025
Os comentários ocorrem durante a cúpula russo-americana no Alasca, que reúne os presidentes Vladimir Putin e Donald Trump para discutir questões sensíveis da política internacional – notadamente o conflito na Ucrânia e os caminhos para uma paz duradoura.
''Se houver um entendimento entre Trump e Putin a respeito do mérito e a respeito do cronograma, a UE só terá como alternativa bater palmas, aceitar as negociações estabelecidas entre os chefes de Estado'', opinou, afirmando que mesmo que Bruxelas critique os termos de um eventual acordo, não dispõe de ''cartas na mesa para impor uma outra solução diferente da que for acordada entre Putin e Trump''.
Relembre:
No início deste mês, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que a União Europeia é ''um gigante econômico, mas um anão político''.
💬 "Estava claro que a União Europeia não tinha muita soberania, mas hoje ficou claro que não tem nenhuma", declarou Vladimir Putin, enfatizando que hoje a soberania "também desempenha um papel fundamental no desenvolvimento econômico". https://t.co/oj4h2pYQYzpic.twitter.com/wSx4bwkusI
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"Estas não são minhas palavras; não quero ofender ninguém. Nós mesmos lemos isso em fontes ocidentais", declarou na ocasião.
O presidente russo fez os comentários ao discutir o acordo firmado, sob pressão, entre o bloco econômico e os EUA, que, segundo especialistas, inclui cláusulas impossíveis de cumprir, como a compra de hidrocarbonetos dos EUA no valor de US$ 750 bilhões.
Laura Page, analista da Kepler, explica que o valor é "completamente irrealista". Em 2024, a UE gastou €375 bilhões(R$ 2,415 trilhões) em petróleo e gás, mas destes, só €76 bilhões (R$ 489,44 bilhões) em produtos americanos.

Para atingir o acordo, o bloco precisaria triplicar compras em três anos e abandonar fornecedores como Noruega e Rússia, cujos preços são mais baixos.
Segundo Anne-Sophie Corbeau, do Center on Global Bruxelas aceitou cifras tão altas "para evitar os 30% de tarifas" que Trump ameaçou impor aos produtos europeus.
"Já era claro que a UE não tinha muita soberania, mas hoje ficou claro que não tem nenhuma", lembrou Putin, enfatizando que atualmente, a soberania "também desempenha um papel fundamental no desenvolvimento econômico".
