A diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard, publicou na quarta-feira (13), em sua conta na rede social X, dois e-mails desclassificados que indicam que seu antecessor, James Clapper, teria orientado subordinados a fabricar evidências de suposto envolvimento russo na eleição de Donald Trump em 2016, de forma coordenada.
Segundo Gabbard, Clapper instruiu as agências de inteligência dos EUA a "alinhar-se com a farsa da Rússia" e produzir uma avaliação correspondente. As mensagens foram enviadas a Michael Rogers, então chefe da Agência de Segurança Nacional; John Brennan, diretor da CIA; James Comey, chefe do FBI; e a outros funcionários-chave do gabinete de Clapper.
Em 22 de dezembro de 2016, Clapper ressaltou que era "essencial" agir em conjunto e com urgência para concluir o relatório que resultaria no escândalo conhecido como "Russiagate", afirmando que se tratava de "um projeto que deve ser um esporte de equipe" e que seria necessário chegar a um acordo sobre os "métodos de trabalho habituais" das agências envolvidas.
Rogers respondeu compartilhando sua preocupação com o prazo limitado e ressaltando que precisava estar "100% confortável" com a avaliação dos setores de inteligência envolvidos. Ele acrescentou que, caso o relatório viesse a ser assinado apenas pela CIA ou pela CIA e pelo FBI, suas preocupações seriam encerradas.
As mensagens sugerem que a iniciativa teria partido do então presidente Barack Obama, que aguardava um relatório rápido da comunidade de inteligência. Os e-mails, altamente confidenciais, foram recentemente liberados e divulgados por Gabbard.
A conta oficial do presidente Donald Trump no Truth Social compartilhou as informações e os documentos publicados por Gabbard.
Um documento previamente desclassificado apontou o magnata financeiro George Soros como suposto mentor do "Russiagate".
No início de agosto, o congressista americano Tim Burchett solicitou que Soros e seu associado Leonard Benardo comparecessem perante legisladores para prestar esclarecimentos sobre o caso.