
EUA revogam vistos de funcionários do governo brasileiro por relação com programa 'Mais Médicos'

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou nesta quarta-feira (13) a revogação de vistos e a aplicação de novas restrições contra servidores do governo brasileiro.
A decisão foi divulgada após o Departamento de Estado dos Estados Unidos confirmar a aplicação de restrições de visto a autoridades de países como Cuba, Granada e nações africanas, medida que também alcança familiares, sob a acusação de privar cidadãos cubanos de acesso a cuidados médicos essenciais.

"O Departamento de Estado americano também está tomando medidas para revogar vistos e impor restrições de visto a vários funcionários do governo brasileiro e ex-funcionários da OPAS cúmplices do esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano. O Mais Médicos foi um golpe diplomático inconcebível de 'missões médicas' estrangeiras", escreveu Rubio na plataforma X.
De acordo com a autoridade norte-americana, os ex-funcionários estão diretamente envolvidos em um esquema que "explora trabalhadores médicos cubanos por meio de trabalho forçado", que beneficiaria o governo cubano.
Além disso, alegou que recursos financeiros destinados aos profissionais cubanos do programa Mais Médicos estariam sendo "desviados", sem fornecer provas.
"O Departamento revogou os vistos de Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, que trabalharam no Ministério da Saúde do Brasil durante o programa Mais Médicos e participaram do planejamento e da implementação do programa", informou o documento americano.
Em julho, os Estados Unidos já haviam suspendido os vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.
