
Rússia restringe parcialmente chamadas no Telegram e WhatsApp: Entenda o motivo

O Serviço Federal de Supervisão de Telecomunicações da Rússia restringiu parcialmente o funcionamento do Telegram e do WhatsApp*, com usuários russos relatando impossibilidade de realizar chamadas online.
O Ministério do Desenvolvimento Digital comentou sobre as restrições nesta quarta-feira (13), explicando que são medidas de segurança em resposta ao aumento de fraudes online.
Detalhes das novas medidas
Segundo o comunicado, a restrição parcial se aplica apenas a chamadas de voz. "Não há menção ao bloqueio de outras funções", afirmam autoridades.

O ministério detalhou ainda que a decisão "pode ter um impacto positivo na redução do número de chamadas fraudulentas".
A agência especificou que "a Rússia está constantemente trabalhando para combater a fraude cibernética".
Graças ao sistema AntiFraude, ao qual todas as operadoras de telecomunicações já se conectaram, "90% das chamadas fraudulentas feitas de números falsos são bloqueadas rapidamente".
Essa abordagem "força os fraudadores a procurar outras maneiras de enganar", fazendo com que eles recorram a serviços estrangeiros, o que torna muito mais difícil o bloqueio de chamadas.
Possibilidade de retomar as chamadas
As autoridades destacaram que o Telegram e o WhatsApp*, "apesar dos repetidos avisos das autoridades russas, recusam-se a cumprir as exigências da legislação russa", não fornecendo informações necessárias para o trabalho dos policiais.
O ministério observou que o acesso aos serviços de chamadas em aplicativos de mensagens estrangeiros será restabelecido se as exigências das autoridades russas forem atendidas.
Segundo as autoridades, as restrições devem contribuir para "tornar as comunicações online mais seguras e reduzir o risco de responsabilidade financeira que as operadoras de telecomunicações podem assumir em caso de fraude".
Os usuários terão acesso a serviços nacionais equivalentes aos do exterior, com uma infraestrutura segura, destacou o ministério.
*O Whatsapp integra o conglomerado Meta, classificado na Rússia como uma organização extremista. Suas redes sociais são proibidas em território russo.

