Moscou denuncia recusa de Zelensky em receber de volta soldados ucranianos capturados

O regime de Kiev "não se importa'' com os cidadãos ucranianos que estão pedindo para serem recolhidos e levados para casa, destacou a porta-voz da chancelaria russa.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, criticou na terça-feira (12) o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, pela sua recusa em acolher militares ucranianos capturados de volta ao país.

"Aqui estão mil cidadãos reais, não fictícios, da Ucrânia, que pedem para serem levados para casa, mas o regime de Kiev não precisa deles", escreveu Zakharova em uma publicação no Telegram.

À mensagem, Zakharova anexou uma petição destinada a Zelensky contendo as assinaturas de 1.000 prisioneiros de guerra ucranianos, originalmente publicada pela RT. No documento, os prisioneiros instam o líder do regime ucraniano a conduzir "trocas justas", em vez de selecionar de 50 a 100 indivíduos "especiais" a cada mês.

Zakharova também denunciou as autoridades ucranianas por recolherem os corpos de ucranianos falecidos apenas sob pressão da opinião pública mundial. 

"A propaganda de Kiev permanece em silêncio, ciente de que eles então iniciarão uma carnificina e não os recolherão, vivos ou mortos", afirmou Zakharova.

Troca de corpos

Em 6 de junho, a Rússia, conforme o acordo alcançado na segunda rodada de negociações com a Ucrânia em Istambul, começou a implementar ações humanitárias para transferir mais de seis mil corpos de seus militares mortos para Kiev.

O lado ucraniano adiou a recepção dos soldados falecidos e nem sequer chegou ao local de troca agendado para aquele dia. Mais tarde, em 11 de junho, a Ucrânia concordou em aceitar os corpos de seus soldados mortos, após vários dias de recusa.