Nesta terça-feira (12), o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou, em entrevista à imprensa local, que sente estar cumprindo uma "missão histórica e espiritual" no cargo. Além disso, demonstrou forte compromisso com a visão de um 'Grande Israel', conceito que inclui áreas destinadas a um futuro Estado palestino e, em algumas interpretações, territórios que hoje fazem parte da Jordânia e do Egito.
Durante a conversa, o apresentador Sharon Gal entregou a Netanyahu um amuleto simbolizando o 'Grande Israel', ao que o premiê respondeu que tem "muita" conexão com essa visão. Netanyahu também disse ver sua liderança como parte de uma "missão de gerações", conectando o sonho dos judeus do passado à esperança das futuras gerações.
O posicionamento do premiê, porém, diverge do princípio da solução de dois Estados, defendido por países como Brasil e Rússia, além de respaldado por resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU). A proposta prevê a criação de um Estado palestino independente coexistindo pacificamente ao lado de Israel.
- O termo Grande Israel remonta ao período após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando Israel passou a controlar Jerusalém Oriental, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Península do Sinai e Colinas de Golã. Além disso, a expressão foi adotada por líderes sionistas históricos, como Ze’ev Jabotinsky, referência ideológica do partido Likud, ao qual Netanyahu pertence.