
Orbán: UE parece 'patética e fraca' ao tentar participar na reunião entre Putin e Trump
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, criticou os esforços da União Europeia para participar da reunião marcada para a próxima sexta-feira (15) entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente americano Donald Trump. O premiê declarou que essa tentativa fará o bloco não apenas parecer "patético e fraco", mas de fato "descobrir que o é".
Orbán argumentou que o conflito armado entre Rússia e Ucrânia é um assunto europeu, mas que a própria Europa falhou em resolvê-lo. Agora, com "dois homens fortes" negociando, ele considera que, se a UE optar por "gritar de fora", apenas reforçará a imagem de fraqueza.

Por isso, defendeu que o bloco adote "uma posição mais firme" e assuma protagonismo, propondo sua própria cúpula com Moscou "em vez de comentar incessantemente" a reunião entre Putin e Trump.
O premiê húngaro também explicou que se recusou a assinar a declaração conjunta de apoio à Ucrânia, como fizeram os outros 26 líderes europeus, porque o documento inclui um apelo "claro e inequívoco" para que Kiev ingresse na UE, medida que, segundo ele, vai contra a vontade do povo húngaro.
- Em declarações anteriores, Orbán já havia dito que "a única coisa que poderia piorar a exclusão da Europa da cúpula do Alasca" seria se o bloco "desse instruções nos bastidores".
- Em contraponto, a Alta Representante da União Europeia para Assuntos Exteriores e Política de Segurança, Kaja Kallas, afirmou que qualquer acordo entre Washington e Moscou precisa incluir a participação da Ucrânia e da própria Europa, manifestando preocupação de que Trump possa aceitar propostas de Putin que ignorem a posição de Kiev.
