
Netanyahu nega que Israel está conduzindo genocídio em Gaza: nos 'teria levado uma tarde'

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou mais uma vez as acusações da comunidade internacional de que seu governo está cometendo genocídio na Faixa de Gaza, garantindo a repórteres que as forças israelenses o teriam feito em menos de um dia se houvesse tal intenção.
"Se quiséssemos cometer genocídio, teria levado exatamente uma tarde", declarou o político durante uma coletiva de imprensa no domingo (11).
Netanyahu também negou que seu governo tenha conduzido uma política de fome no enclave palestino, apesar de Tel Aviv ter suspendido a entrada de ajuda humanitária em diversas ocasiões ao longo do último ano.

"Não há fome. Não houve fome. Houve escassez, mas nunca uma política de fome", afirmou, acrescentando que, se esse tivesse sido o objetivo, "2 milhões de habitantes de Gaza não estariam vivos agora, depois de 20 meses".
As declarações ocorrem na esteira da mais recente ofensiva israelense na Faixa de Gaza. Netanyahu considera a operação fundamental para derrotar o Hamas, mas ela gerou uma forte onda de críticas, tanto no país quanto no exterior, por seu impacto na população civil.
- Nos últimos meses, Israel tem enfrentado duras críticas pela crise humanitária em Gaza, onde foram relatadas mortes por desnutrição e grave escassez de alimentos.
- Embora Netanyahu insista que o fornecimento de ajuda nunca foi completamente interrompido, diversos relatórios da ONU e de organizações humanitárias contradizem essa versão.
