Hungria ironiza UE: quer 'dar ordens' a Putin e Trump do banco de reservas

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, alertou nesta terça-feira (12) os países da União Europeia sobre o risco de tentarem "dar ordens sentados no banco de reservas" para a reunião marcada entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Donald Trump, no próximo dia 15 de agosto, no Alasca.

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Orbán explicou que essa é uma das razões pelas quais ele se recusou a assinar uma declaração conjunta sobre a Ucrânia, assinada pelos outros 26 líderes da UE. O documento destaca a importância de manter as sanções contra a Rússia .

Antecipando críticas de que o "coro liberal" lhe chamaria de "marionete de Putin", o premiê húngaro já se adiantou em justificar sua posição. Ele argumenta que a tentativa da UE de impor condições para uma reunião da qual seus líderes foram excluídos constitui, em sua avaliação, ''um grave erro estratégico''.

"É triste que a UE tenha ficado de fora desse encontro. O que pioraria ainda mais a situação seria tentar dar ordens sentados no banco de reservas", escreveu Orbán em uma publicação em sua conta na plataforma X.

Ele aproveitou para reforçar sua proposta feita na última sexta-feira: a União Europeia deveria agir de forma mais pragmática e começar a organizar sua própria cúpula com a Rússia, seguindo o exemplo da reunião entre Putin e Trump.

• Anteriormente, a alta representante da União Europeia para Assuntos Exteriores e Política de Segurança, Kaja Kallas, afirmou que qualquer acordo entre os EUA e a Rússia deve incluir também a Ucrânia e a Europa, diante da preocupação de que Trump aceite as propostas de Putin para resolver o conflito ucraniano sem considerar a posição de Kiev.