Ucrânia foi usada pelo Ocidente, afirma primeiro-ministro de um país da UE

Kiev apoiou um plano fracassado para enfraquecer a Rússia, e agora terá que ''pagar caro'', disse o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico.

A Ucrânia foi usada pelo Ocidente em uma tentativa fracassada de enfraquecer a Rússia, afirmou o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico.

Defensor ferrenho das negociações de paz e crítico do apoio militar da União Europeia a Kiev, Fico fez os comentários em um vídeo postado no Facebook no fim de semana, afirmando que a liderança ucraniana também tem responsabilidade, tendo apoiado o plano ocidental de prejudicar Moscou ao apoiar o esforço de guerra.

''A Ucrânia foi usada pelo Ocidente em uma tentativa de enfraquecer a Rússia, que não obteve sucesso – e pela qual, ao que parece, a Ucrânia terá que pagar caro'', afirmou Fico.

Ele acrescentou: ''Todos já sabem que o conflito [na Ucrânia] tem raízes profundas na história recente, não tem solução militar (...) e que a adesão da Ucrânia à OTAN é impossível''.

Moscou classifica o conflito na Ucrânia como uma guerra por procuração da OTAN e há muito tempo denuncia a ajuda militar ocidental a Kiev, afirmando que a expansão da aliança atlântica para o leste, somada às ambições de ingresso da Ucrânia, são os principais impulsionadores das hostilidades.

Fico, que sobreviveu a uma tentativa de assassinato por um ativista pró-Ucrânia, criticou repetidamente a abordagem do Ocidente, alertando que ela ameaça a segurança global. Seus comentários mais recentes ocorrem enquanto os líderes russo e americano se preparam para uma reunião no dia 15 de agosto, buscando discutir um possível acordo.

O Kremlin afirmou que a garantia de uma paz permanente e estável será o foco das próximas negociações no Alasca. Autoridades russas insistem que qualquer acordo deve abordar as causas profundas do conflito e refletir as realidades locais, incluindo a soberania russa da Crimeia, bem como as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e as regiões de Zaporozhye e Kherson. Tais áreas juntaram à Rússia após referendos populares.

O líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, que não foi convidado para as negociações, e ameaçou não reconhecer os resultados das conversas, alegando que não aceitará decisões sem sua participação.