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Lula denuncia intimidação de Trump a Xi Jinping, que promete apoiar defesa da soberania brasileira

Em telefonema, os presidentes do Brasil e da China comprometeram-se a ampliar a cooperação em setores como saúde, petróleo e gás, economia digital e satélites.
Lula denuncia intimidação de Trump a Xi Jinping, que promete apoiar defesa da soberania brasileiraGettyimages.ru / Pool

Na segunda-feira (11), os presidentes do Brasil e da China, Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping, conversaram por telefone. O telefonema, segundo nota oficial chinesa, aconteceu por iniciativa do brasileiro.

No comunicado, informa-se que Lula ''apresentou a situação atual das relações entre o Brasil e os Estados Unidos, bem como a posição firme do Brasil em defender sua soberania, e elogiou a China por defender o multilateralismo, manter as regras do livre comércio e desempenhar um papel responsável nas questões internacionais''. 

Xi Jinping, por sua vez, afirmou que as relações sino-brasileiras estão ''no melhor momento da história'', e que seu país ''apoia o povo brasileiro na defesa da soberania nacional e apoia o Brasil na defesa de seus legítimos direitos e interesses''.

Nesse contexto, o presidente chinês salientou a importância do BRICS, capaz de ''reunir o consenso do Sul Global''. Ele observou, no entanto, que ''todos os países'' devem se opor ao unilateralismo, ao protecionismo e à intimidação unilateral.

''A China e o Brasil devem continuar a enfrentar juntos os desafios globais, garantir o sucesso da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em Belém e promover o papel do Grupo dos Amigos da Paz na resolução política da crise na Ucrânia'', conclui a nota chinesa.

Ampliando a cooperação

A nota do Itamaraty informa ainda que, ao longo da conversa, que durou cerca de uma hora, os chefes de Estado ''comprometeram-se a ampliar o escopo da cooperação para setores como saúde, petróleo e gás, economia digital e satélites'' e a ''continuar identificando novas oportunidades de negócios''.

Os dois presidentes também discutiram eventos importantes da política internacional, incluindo ''os recentes esforços pela paz entre Rússia e Ucrânia''.