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Petro adverte que qualquer ataque à Venezuela é uma agressão à América Latina

Anteriormente, os EUA aumentaram para 50 milhões de dólares a recompensa por informações que levem à prisão do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Petro adverte que qualquer ataque à Venezuela é uma agressão à América LatinaLegion-media.ru / ZUMA Press, Inc.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, advertiu neste domingo que qualquer agressão ou operação militar contra a Venezuela será considerada um ataque contra toda a América Latina e o Caribe. Seus comentários foram feitos após os EUA terem advertido que poderiam usar suas Forças Armadas contra o narcotráfico na região e aumentar para 50 milhões de dólares a recompensa por informações que levem à prisão do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

"Qualquer operação militar que não tenha a aprovação dos países irmãos é uma agressão contra a América Latina e o Caribe", escreveu Petro em sua conta no X, lembrando que a Colômbia e a Venezuela "são o mesmo povo, a mesma bandeira, a mesma história". "É uma contradição fundamental ao nosso princípio de liberdade", acrescentou.

Quanto à "recompensa histórica" contra Maduro anunciada na sexta-feira pela procuradora-geral dos EUA, Pamela Bondi, o presidente colombiano escreveu em outra mensagem: "Não acredito que a solução dos problemas políticos dos venezuelanos passe por oferecer dinheiro para matar ou capturar líderes políticos".

Reação da Venezuela às agressões dos EUA.

Por sua vez, a Venezuela classificou a "recompensa patética" como "a cortina de fumaça mais ridícula" que já se viu. "Enquanto desmantelamos as tramas terroristas orquestradas a partir do seu país, essa senhora sai com um circo midiático para agradar a extrema direita derrotada da Venezuela", escreveu o chanceler Yván Gil em seu canal no Telegram. "A dignidade de nossa pátria não está à venda. Repudiamos essa grosseira operação de propaganda política", concluiu.

"Essas ofertas fantasiosas, ilegais e desesperadas ao estilo dos westerns de Hollywood representam mais um ato de ingerência nos assuntos internos da nação, que violam flagrantemente o direito internacional e os princípios de autodeterminação dos povos”, expressou, por sua vez, a Força Armada Nacional Bolivariana.