'Gaza será desmilitarizada': Netanyahu defende seu plano de tomar controle total do enclave

A iniciativa de Israel recebeu condenação de diversos países, incluindo Turquia, China e Rússia, que expressaram preocupações sobre as implicações humanitárias e políticas da proposta.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo que seu país buscará a paz em Gaza, desmilitarizando a cidade.

"Gaza será desmilitarizada, Israel terá a responsabilidade primordial em matéria de segurança, será estabelecida uma zona de segurança na fronteira de Gaza com Israel para prevenir futuras incursões terroristas e será estabelecida uma administração civil em Gaza que busque viver em paz com Israel", afirmou Netanyahu durante uma coletiva de imprensa.

Segundo o primeiro-ministro israelense, o objetivo é libertar Gaza dos terroristas do Hamas, que ele descreve como uma organização genocida. "A guerra pode acabar se Gaza, ou melhor, o Hamas, depuser as armas e libertar todos os reféns restantes", afirmou.

Além disso, ele destacou que Israel tem entre 70% e 75% de Gaza sob controle militar, mas ainda há dois locais onde acredita que os militantes do Hamas estejam: a cidade de Gaza e os campos centrais.

Netanyahu também insistiu em defender seu plano de tomar o controle da cidade de Gaza como a "melhor maneira" de pôr fim à guerra, apesar de ele ter sido amplamente condenado no cenário internacional.

Rejeição total

O controverso plano de Israel recebeu fortes críticas no âmbito internacional, com países como Turquia, China e Rússia expressando sua condenação e rejeição. A isso se somam tensões dentro de seu próprio governo, bem como a rejeição da população civil.

No sábado, mais de 100.000 pessoas saíram às ruas de Israel para protestar contra o plano de controle da Faixa de Gaza.

Da mesma forma, o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, Eyal Zamir, alertou que esta operação "colocaria em perigo os reféns e poderia levar a um governo militar israelense em Gaza com total responsabilidade sobre 2 milhões de palestinos".