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Brasil critica escalada militar na Faixa de Gaza

O Itamaraty reforçou que a ocupação da Cidade de Gaza "deverá agravar a catastrófica situação humanitária da população civil palestina".
Brasil critica escalada militar na Faixa de GazaGettyimages.ru / Ahmad M.k. Ibrahim/Anadolu

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota neste sábado (9), na qual deplorou o plano do gabinete de segurança do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que envolve a intensificação da ofensiva militar na Faixa de Gaza e a ocupação da Cidade de Gaza pelo Exército de Israel.

Para o Itamaraty, a ação "deverá agravar a catastrófica situação humanitária da população civil palestina, assolada por cenário de mortes, deslocamento forçado, destruição e fome". O governo brasileiro ressaltou que o enclave palestino compõe o território do Estado da Palestina, assim como a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, fazendo um apelo "à retirada completa e imediata das tropas israelenses" dessas regiões.

O documento conclui reiterando "a urgência da implementação de cessar-fogo permanente, da libertação de todos os reféns e da entrada desimpedida de ajuda humanitária".

Ocupação de Gaza

Anteriormente, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, defendeu o plano do gabinete de Segurança para que o Exército assuma o controle da Cidade de Gaza, assegurando que não há intenções de ocupá-la de forma permanente. "Não vamos ocupar Gaza, vamos liberá-la do Hamas", disse em publicação na sua conta do X, onde afirmou que a cidade "será desmilitarizada" e posteriormente se "estabelecerá ali uma administração civil pacífica".

De acordo com o líder israelense, "nem a Autoridade Palestina, nem o Hamas, nem nenhuma organização terroristafarão parte da nova gestão. Ele afirmou que a medida ajudará a libertar reféns e evitar que Gaza volte a representar ameaça a Israel.

Um funcionário israelense, citado pelo jornal Axios, disse que Gaza deve ser esvaziada de todos os civis palestinos até 7 de outubro. O Hamas respondeu que a proposta de ocupar a cidade e evacuar seus moradores representa "um novo crime de guerra que o Exército de ocupação pretende perpetrar".