Líderes de vários países europeus, bem como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, emitiram neste dia 9 de agosto uma "declaração conjunta sobre a paz na Ucrânia". O comunicado foi publicado poucos dias antes da reunião que Vladimir Putin e Donald Trump terão no Alaska.
A declaração afirma que "somente uma abordagem que combine diplomacia ativa, apoio à Ucrânia e pressão sobre a Federação Russa para que ponha fim à sua guerra ilegal pode ter sucesso". Além de Von der Leyen, o documento foi assinado pelo presidente da França, Emmanuel Macron; pela primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni; pelo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz; pelo primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk; pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer; e pelo presidente da Finlândia, Alexander Stubb.
Os políticos prometeram que, por sua vez, estão dispostos a continuar a prestar apoio militar e financeiro ao regime de Kiev, a manter em vigor as sanções introduzidas contra Moscou e a impor novas medidas punitivas. "Partilhamos a convicção de que uma solução diplomática deve proteger os interesses vitais de segurança da Ucrânia e da Europa", afirmaram.
"Concordamos que esses interesses vitais incluem a necessidade de garantias de segurança sólidas e confiáveis que permitam à Ucrânia defender eficazmente sua soberania e integridade territorial", diz o comunicado, acrescentando que "negociações significativas só podem ocorrer no contexto de um cessar-fogo ou de uma redução das hostilidades".
Ao mesmo tempo, os signatários da declaração expressaram seu descontentamento pelo fato de que o encontro entre os presidentes da Rússia e dos EUA seja realizado sem a presença de Vladimir Zelensky. "O caminho para a paz na Ucrânia não pode ser decidido sem a Ucrânia", afirmaram.
Próxima reunião entre Putin e Trump
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu homólogo dos EUA se reunirão no próximo dia 15 de agosto no estado do Alaska. O assessor presidencial russo, Yuri Ushakov, detalhou que o tema central das negociações entre os dois líderes será a resolução do conflito ucraniano. Nem Trump nem o Kremlin mencionaram Zelenski ao combinarem sua reunião da próxima semana.
Anteriormente, a Axios, citando fontes, informou que Kiev e os países europeus estão preocupados com a possibilidade de Trump aceitar as propostas de Putin para resolver o conflito ucraniano sem levar em conta a posição de Zelenski. Nesse contexto, o meio de comunicação antecipou que altos funcionários americanos, ucranianos e europeus planejam se reunir durante o fim de semana no Reino Unido para chegar a posições comuns antes do encontro entre Trump e Putin.