
Sheinbaum responde às críticas por se aproximar do Brasil e dos BRICS

"O México é livre, soberano e qualquer pessoa pode opinar, mas nós temos o direito de nos reunir com qualquer país do mundo. Qualquer um. Essa é a política do México", afirmou nesta quinta-feira a presidente Claudia Sheinbaum durante sua coletiva matinal.
Com essas afirmações, a chefe de Estado respondeu a um jornalista que pediu sua opinião sobre as declarações do presidente da Sociedade Americana do México (AmSoc), Larry Rubin, que semanas atrás exortou o país a não ter relações diplomáticas com o Brasil, particularmente por pertencer ao BRICS, para evitar tensões comerciais com os Estados Unidos, que vê o bloco comercial com desconfiança.

"Não vemos por que não fortalecer as relações com o Brasil ou com qualquer outro país da América Latina", continuou Sheinbaum, enfatizando que respeita a opinião de Rubin. Da mesma forma, ela ressaltou que outra das políticas de diversificação diplomática e econômica do México é "fortalecer as relações de todos os tipos".
"Evitar esse tipo de aproximação"
Em uma conferência no final de julho, Rubin rejeitou as aproximações entre o México e o Brasil, em meio à guerra tarifária provocada pelos EUA, e afirmou que a AmSoc considera melhor evitá-las. Ele insistiu ainda que é prioritário que a nação norte-americana mantenha seu eixo econômico alinhado com Washington, segundo o semanário Proceso.
"Nós defendemos que, se esse tipo de aproximação puder ser evitado, melhor; não particularmente pelo Brasil, mas porque entre os BRICS estão a Rússia e a China, dois países que têm certo antagonismo com o principal parceiro comercial [EUA]", precisou Rubin.
A American Society of México, fundada em 1942, se define como uma organização sem fins lucrativos “que apoia e coordena os esforços e atividades de empresas, pessoas e ONGs americanas que operam no México”.
